Cristiane Ferreira da Maia Cruz
Eliane Fernandes de Abreu
1. HISTÓRICO DO TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARANÁ
Em junho de 1947, mais precisamente no dia 02 (dois), foi instituído o
Tribunal de Contas do Estado do Paraná. Criado mediante o Decreto-Lei estadual
nº 627, por intermédio do então governador, Moysés Lupion.
Sua primeira sede foi na Rua Ermelino de Leão, nº 513, teve sua primeira
composição formada pelo Corpo Deliberativo, composto por cinco juízes, Corpo
Instrutivo - formado por Secretaria, Diretoria de Fiscalização da Execução do
Orçamento e Diretoria Revisora de Contas - e uma Representação da Fazenda.
Já em 09 (nove) de julho de 1947, o
Decreto-Lei n° 673, regulamentou as competências da corte, definindo
atribuições, dentre elas a considerada a mais importante, que foi o poder para
ordenar o sequestro de bens dos responsáveis ou seus fiadores e a prisão dos
que procurassem fugir à responsabilidade.
A eleição de seus primeiros dirigentes ocorreu em 14 (quatorze) de julho de 1947,
levando Raul Vaz à presidência e Daniel Borges dos Reis à vice-presidência.
No mesmo ano no dia 12 (doze) de agosto foi aprovado o primeiro Regimento Interno,
que versava sobre sua constituição e estabelecia procedimentos de trabalho a
serem adotados. Com 74 artigos, foi assinado por todos os juízes do Tribunal:
Raul Vaz, Daniel Borges dos Reis, Brasil Pinheiro Machado, Raul Viana e Caio
Graccho Machado Lima.
Nos anos de 50 e 60 o Tribunal de Contas foi reestruturado, e sofreu
alteração em suas competências, os juízes passaram, a ser denominados de
ministros foi instituído o Conselho Superior para o julgamento de matérias
administrativas da Casa. E no de 1968 foi instituída a Corregedoria, sendo o
ministro Leônidas Hey de Oliveira o primeiro corregedor.
O segundo Regimento interno foi aprovado no ano de 1969, e vigorou até o
ano de 2005. O documento foi assinado pelos então ministros João Feder,
presidente, Leônidas Hey de Oliveira, vice-presidente, Raul Viana, José Isfer,
Antônio Ferreira Rüppel, Nacim Bacilla Neto e Rafael Iatauro.
Na década de 1980, o Tribunal de Contas expandiu. Em 1982, foi iniciada
a construção do prédio anexo à sede, inaugurada em nove de março de 1987.
Com o advento da Constituição de 1988, o Tribunal de Contas, institui o
direito de denúncia, e estabeleceu padrões para tramitação e julgamento da
mesma por intermédio do Provimento 01/91.
Em 1992, foi criada a
Coordenadoria de Auditoria de Operações de Crédito Internacionais, CAOCI
(intitulada, atualmente, de Coordenadoria de Auditoria - CAD).
No ano de
1994, pela primeira vez foi promovido concurso para procurador junto ao
Tribunal de Contas.
No ano de 1995, foi inaugurada a
rede informática. No mesmo ano, o Tribunal de Contas recebe credenciamento do
Banco Interamericano de Desenvolvimento - BID para realizar auditoria em
projetos e programas co-financiados pela entidade. Com a autorização, o
Tribunal de Contas do Estado do Paraná tornou-se o primeiro organismo superior
de fiscalização no continente a realizar auditorias em projetos co-financiados
pelo BID.
O Tribunal de Contas iniciou o novo milênio diante de um novo desafio, a
Lei de Responsabilidade Fiscal, de quatro de maio de 2000.
Em 2001, o Tribunal de Contas do
Estado do Paraná lançou o Sistema de Informações Municipais SIM - Lei de
Responsabilidade Fiscal para o envio, através da via magnética, das informações
exigidas pela LRF.
No mesmo ano, foi lançada a ItraneTC, sistema web privativo do Tribunal de Contas para publicação de informações com conteúdo de interesse exclusivamente interno.
No mesmo ano, foi lançada a ItraneTC, sistema web privativo do Tribunal de Contas para publicação de informações com conteúdo de interesse exclusivamente interno.
O primeiro concurso para auditores realizado pelo Tribunal de Contas, em
2003, também trouxe renovação ao Corpo Especial da Casa.
Nesta esteira de inovações, foi implantado o Analisador Eletrônico de
Contas, que verifica todos os dados enviados pela prefeitura em tempo recorde e
emite instrução técnica a respeito. A primeira análise das contas das
prefeituras referentes ao exercício administrativo de 2003 foi feita em 60
dias.
Importante destacar, a
implantação em 2004, de dois sistemas novos. O módulo Atos de Pessoal, novo
integrante do SIM - Acompanhamento Mensal, mapeia toda a estrutura de cargos do
município, acompanhando admissões, evolução das carreiras dos servidores,
aposentadorias e, sobretudo, salários, inclusive de agentes políticos. Já o SEI
(Sistema de Estadual de Informações) tem como meta exercer a fiscalização da
administração direta do Estado com mais rapidez e eficiência, exigindo que os
responsáveis pelos órgãos estaduais informem mensalmente as movimentações
financeiras.
No ano seguinte, o Tribunal de
Contas deu mais transparência aos seus trabalhos ao editar, em parceria com
Departamento de Imprensa Oficial, o jornal "Atos Oficiais". A
publicação divulga, semanalmente, todos os atos do Tribunal de Contas,
englobando ata das sessões do Tribunal Pleno, votos redigidos, editais de
intimação, atos de alerta, decisões do Conselho Superior, atos normativos
emitidos pela Corregedoria-Geral, despachos, atos normativos do Ministério
Público, portarias baixadas pela Presidência, entre outros.
O ano de 2006 foi marcante para o
Tribunal de Contas. Neste ano, foi aprovada a nova Lei Orgânica da Casa e o
novo Regimento Interno, este inalterado desde 1969. A Corte ganhou novas
atribuições e passou a julgar os processos através de duas câmaras, cada uma
composta por três conselheiros. O Tribunal Pleno ficou responsável por responder
às consultas e julgar denúncias. As diretorias foram renomeadas e foi criada a
Inspetoria de Controle Externo da Capital, que fiscaliza, exclusivamente, o
município de Curitiba. Os novos procedimentos transformaram a análise dos
processos dentro da Corte e exigiram adequações dos municípios.
No mesmo período a Corte criou
sua Ouvidoria, aproximando-se mais ainda do cidadão paranaense. O novo setor ficou
responsável por receber denúncias, críticas, queixas e sugestões sobre todos os
gestores públicos do Paraná, inclusive do próprio Tribunal.
Ao final desse mesmo ano, o
Tribunal promoveu, em Foz do Iguaçu, o XI SINAOP - Simpósio Nacional de
Auditoria de Obras Públicas. O encontro mobilizou profissionais de diversas
áreas na busca de um caminho que leve ao combate da corrupção em obras públicas
no País. Com o resultado, foi divulgada a "Carta de Foz", que apontou
o projeto básico da obra e o controle social como principais ferramentas de
controle dessas obras.
O Tribunal de Contas iniciou o
ano de 2007, quando completou seu 60º aniversário, como uma das melhores cortes
de contas do país. Presidido pelo conselheiro Nestor Baptista, é detentor das
técnicas mais modernas de controle, inspeção e auditoria e tem um corpo técnico
qualificado e preparado para a grande responsabilidade que tem em mãos.
O ano de 2009 foi marcante na evolução do Tribunal de Contas. Foi neste
ano que aconteceu o lançamento do Programa Tribunal de Contas do Estado Digital.
Com o objetivo: eliminar o trâmite de processos em papel na Corte. Desta forma,
o Tribunal de Contas do Estado entrou em consonância com a transformação que
varre a administração pública no País, adotando o processo eletrônico. Dessa
forma, o Tribunal tornou suas rotinas menos burocráticas, ampliando o leque de
oportunidades ao jurisdicionado - que passa a peticionar a qualquer hora do
dia, durante os sete dias da semana - e contribuiu com o meio ambiente,
poupando recursos naturais.
Já o biênio 2011-2012, o Tribunal deu continuidade à estratégia de
aproximação com a sociedade. Foi lançado o Programa Anual de Fiscalização
Social (PAF Social), que chama a comunidade paranaense a participar da
fiscalização da qualidade do gasto público. Em sua primeira edição, as sete
universidades estaduais atenderam ao chamado do Tribunal de Contas do Estado e
aceitaram integrar este inovador programa de auditoria social. Compra de
medicamentos, transporte escolar, destinação do lixo urbano e a elaboração de
indicadores de gestão pública são os temas que a comunidade acadêmica, em
conjunto com a sociedade local, definiram como prioritários.
No ano em que completou 65 anos
de criação, o caráter público e transparente do Tribunal de Contas do Estado
tornou mais evidente com a promulgação da Lei nº 12.527/12, mais conhecida
como Lei de Acesso à Informação. O Tribunal foi um dos primeiros órgãos
públicos do Paraná a disponibilizar ao cidadão uma estrutura que lhe permita
solicitar as informações que desejar. E exatamente no dia em que celebrou seis
décadas e meia de vida, entregou um presente à sociedade paranaense: um novo
portal na internet, dinâmico, interativo, amigável, dotado de uma linguagem
visual contemporânea, que facilita a vida do jurisdicionado e do cidadão comum.
Enfim, no portal, informação de qualidade, acessível e inteligível, apta a dar
respostas a uma sociedade que avança e se torna mais consciente, crítica e
atenta.
O Tribunal de Contas é um órgão
prestador de serviços de relevância social. Seu grande objetivo é garantir que
o dinheiro pago pela população, sob a forma de impostos e taxas, seja bem
aplicado e retorne à comunidade, por meio de serviços de qualidade. O mesmo é
parceiro da sociedade na fiscalização do dinheiro público.
A Corte tem como prioridade para controlar as ações ambientais do
estado. O acompanhamento das atividades de planejamento, preservação e recuperação
ambiental e, sobretudo, as auditorias ambientais, fazem parte de sua lista de
trabalho.
A fiscalização rigorosa sobre o
terceiro setor também é uma de suas metas. A Corte quer preservar as boas
instituições e combater aquelas com desvio de finalidade.
Além de entes que têm suas contas monitoradas e fiscalizadas pelo TCE,
os 399 municípios do Paraná são parceiros da Corte de Contas na boa gestão dos
recursos públicos. Por meio de cursos de capacitação, o TCE tem contribuído de
forma decisiva para a melhoria do uso do dinheiro que o cidadão recolhe ao
erário.
O TCE tem concentrado esforços para que a gestão municipal melhore cada vez mais. E vem fazendo isso estimulando as administrações municipais a adotar mecanismos internos e eficientes de controle, além de informar e formar os servidores públicos municipais sobre a forma correta de aplicar os recursos públicos.[1]
O TCE tem concentrado esforços para que a gestão municipal melhore cada vez mais. E vem fazendo isso estimulando as administrações municipais a adotar mecanismos internos e eficientes de controle, além de informar e formar os servidores públicos municipais sobre a forma correta de aplicar os recursos públicos.[1]
2. O QUE O TRIBUNAL DE CONTAS DO PARANÁ PODE FAZER POR MIM?
O Tribunal de Contas é um órgão
prestador de serviços de relevância social. Seu grande objetivo é garantir que
o dinheiro pago pela população, sob a forma de impostos e taxas, seja bem
aplicado e retorne à comunidade, por meio de serviços de qualidade.
Lembre-se: O Tribunal de Contas é
parceiro da sociedade na fiscalização do dinheiro público!
Organize sua comunidade e
participe. A boa aplicação do dinheiro público depende, também, da sua atuação.
[1] BRASIL, Tribunal De Contas do Estado do Paraná disponível em: http://www1.tce.pr.gov.br/
Acessado
em: 10/05/2016.
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