A realização das
Eleições 2016 para os cargos de prefeito e de vereador nos municípios
brasileiros se aproxima, e, isso gera uma grande expectativa de mudanças no
cenário político do Brasil.
Muitos cidadãos,
porém, não esperam que seja possível mudar a história do país e insistem na
ideia de que a corrupção está inserida na política brasileira.
É muito comum
ouvirmos que todos os políticos são iguais e que o voto é apenas uma obrigação.
Ocorre que muitas
pessoas não conhecem o poder do voto e o significado que a política tem em suas
vidas.
O objetivo deste
artigo é esclarecer à população que numa democracia, como ocorre no Brasil, às
eleições são de fundamental importância.
Visto que além de
representar um ato de cidadania possibilita a escolha de representantes e
governantes que irão criar e executar as leis que interferem diretamente em
nossas vidas.
Escolher um péssimo
governante pode representar uma queda na qualidade de vida. Sem contar que são
os políticos os gerenciadores dos impostos que nós pagamos.
Noutro passo,
precisamos entender, que nem todo político é igual ou corrupto. Existem
candidatos interessados em promover uma mudança social e política. Por isso, é
que o voto deve ser valorizado e deve ocorrer de forma consciente.
Mas como alcançar
essa consciência?
Quando falamos em
política é comum as pessoas imaginarem algo distante à sua vida cotidiana. Essa
é, no mínimo, uma visão estreita, pois, todos nós, como cidadãos, temos o
direito e o dever de participar, isso é a verdadeira Democracia.
Deste modo, deve
haver educação para a cidadania que significa fazer com que cada pessoa seja um
agente de transformação social.
Uma educação que deve ser voltada
para o exercício da cidadania em seu sentido mais pleno, em que os cidadãos
efetivamente participam das decisões políticas que os afetam.
Uma cidadania que deve ser
potencializada nas lutas sociais por direitos como Educação, Saúde, habitação, entre outros. E entre estes direitos
está, precisamente, o direito a uma educação de qualidade. Uma educação que
deve formar não apenas os indivíduos, mas o cidadão.
Por isso, revoltar-se contra tudo e votar de qualquer forma, em
qualquer um, por fama, número fácil ou slogan viciante, embora seja rotulado
por muitos como uma atitude de protesto, passa bem longe disso e só piora ainda
mais um cenário que já é bastante débil, a medida que nossos representantes
passam a ser, cada vez mais, pessoas despreparadas.
E votar em branco ou
anular o seu voto, não é uma atitude recomendável, mas, se essa for a escolha
do eleitor, é importante que saibam a diferença entre uma e outra opção.
Voto em
branco: É aquele em que o eleitor não
manifesta preferência por nenhum dos candidatos existentes, abdicando de seu
direito de votar e deixando, assim, a escolha dos eleitos nas mãos dos demais
eleitores. Este tipo de voto é registrado apenas para fins estatísticos, sendo
descartado da apuração final.
Voto nulo: É
quando o eleitor não manifesta preferência por nenhum candidato, digitando na
urna eletrônica um número que não seja correspondente a nenhum candidato ou
partido político oficialmente registrados. Assim como o voto branco, o nulo é
apenas registrado para fins de estatísticas e não é computado como voto válido,
ou seja, não vai para nenhum candidato, partido político ou coligação.
Votos nulos
não cancelam a eleição: Em todos os anos
eleitorais, a história se repete: ressurgem os boatos de que, caso a maioria
dos eleitores vote “nulo”, a eleição poderá ser cancelada. De acordo com o
previsto na Constituição Federal, será considerado eleito o candidato que
obtiver a maioria dos votos válidos, excluídos brancos e nulos (artigo 77,
parágrafo 2º). Ou seja, não apenas os votos nulos como também os brancos não
são computados para a aferição do resultado.
A responsabilidade pelo atual cenário político, é em boa parte “culpa”
da população. É preciso se aproximar da política e esquecer que ela se faz
apenas no primeiro domingo de outubro e, num eventual segundo turno, no último domingo
de outubro. Política é feita continuamente e cotidianamente.
Portanto, informe-se antes de escolher seu
candidato, acompanhe a vida dos candidatos, descubra quem financia seu
candidato, acompanhe os candidatos eleitos depois do voto, etc...
(artigo publicado na Coluna Jurídica do Jornal Correio Atlântico, Litoral do Paraná, p. 10 - 10, 04 jul. 2016 pelas administradoras do Blog).
(artigo publicado na Coluna Jurídica do Jornal Correio Atlântico, Litoral do Paraná, p. 10 - 10, 04 jul. 2016 pelas administradoras do Blog).
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